sexta-feira

Cadê meus livros e meus filmes?



Ultimamente ando de saco cheio de tudo que ando vendo pela frente. Será uma entresafra de gostos, fase de autoconhecimento? O fato é que comecei a ler Sangue, ossos e mateiga, uma autobiografia de Gabrielle Hamilton, contando um pouco da sua vida e da construçao do Prune, restaurante que ela tem no East Village em NY. Adoro comer, adoro beber, mas não tive paciência para tanta descrição gastronômica, deixo isso para os chefs. O livro não me pegou.
Depois engatei o Museu da Inocência. Com esse nome é de se esperar um livro incrível, avassalador. Bem, se trata da fossa interminável de um rapaz na Turquia que nos anos 70 embroma sua noiva porque se apaixonou pela prima e não consegue assumir a paixão. Ele conta a ladainha diária de quem só gostando muito de ficar deprimido aguenta. Eu já teria virado a página há muito tempo! Com boa vontade, tem todo o pano de fundo do país naqueles anos, toda aquela hipocrisia social, virgindade feminina, e tal, mas vira pano de fundo mesmo, comparado a tanto detalhe dos tormentos do rapaz. Queria demais saber o final, afinal me arrastei até a metade da bíblia que tem 600 páginas. Pulei capítulos e comecei a sacar que no fundo o livro é bem machista e a moral da história iria me irritar. Resolvi deixar mesmo de lado.
E por último fui assistir à Pina, do Win Wenders. Documentário sobre a coreógrafa que eu estava louca para assistir quando nem ainda sabíamos se ele viria para o Brasil.  Admiro a coreógrafa e sou fã do cineasta, mas fui acometida de um sono incontrolável no cinema. Inédito, acho que nunca aconteceu. Ou o filme é tão arrebatador que meu coração nao ia aguentar e meu cérero para se defender me fez dormir, claro, precisamos ser otimistas, ou eu não gostei mesmo.
Enfim, continuo minha eterna busca pelas obras da minha vida, contando que logo logo essa fase passe e eu volte a descobrir meus livrinhos bons.
Quem sabe alguém aparece para dar boas dicas!

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