segunda-feira

A alma boa de Set suan




Como podemos ser bons dizendo não? Como Chen Te não conseguia colocar limites nas pessoas que queriam se aproveitar do seu bom coração e generosidade se transformava num primo distante que vinha tomar conta de seu negócio e quem dizia não para as pessoas. Precisava "ser" outra pessoa para conseguir tomar atitudes que na sua pele não tinha forças para conseguir. O lado bom e o lado mal da cada ser humano, ninguém está livre de conviver com esse dilema. Até que ponto fazemos o bem sem nos machucar? Será que precisamos ser maus para termos alguma condição material? Fico pensando naquela história de que quanto mais damos mais as pessoas nos odeiam por estar dando, ou quanto mais damos, mais querem. No final da peça, (inédito, já que Brecht não escreveu o final) fica a questão para levarmos pra casa.

domingo

Em terra de cego, até que ponto quem tem olho é rei?


Um amigo sintetizou muito pra mim uma mensagem do filme, quando como sempre, saio meio tonta do cinema, elaborando todos os sentimentos e pensamentos que me vem na cabeça durante a projeção. Enquanto todos nós falávamos, ou tentávamos, nossas conclusões ele diz exatamente o que eu queria e não conseguia: ela se pergunta se ficou cega porque foi a única que nao passou pelo "aprendizado", pela experiência da cegueira total. É isso. Todos precisaram ficar cegos para dar valor a vida, ao outro. Uma visão bem otimista, de quem ve o lado bom da vida, e tal...tbem tive essa visão.
Mas hoje ouvi outro ponto de vista tão possivel quanto. provando que relamente ponto de vista é ponto e vista e pronto! Que assim como as baratas, os homens vão se adaptando a tudo sem se opor, estão na merda mas arrumam um jeito de viver, se conformando, aceitando calados... é o que temos, como diz uma amiga.
É bom ouvir o sentimento das pessoas quando saem de um filme, acho que deve ser exatamente isso que quer o diretor como resultdaso do trabalho dele, que o filme provoque algo em quem vê, sentimentos, bons ou ruins, mas fortes, reais.

quarta-feira

Eterna busca!




No Albergue Espanhol tudo gira em torno da amizade, descobrir o meio que o faz feliz, traçando seus objetivos de vida. em Bonecas Russas, a continuação, tudo gira em torno do amor, da busca pelo amor. E desfazendo, voltando atrás em várias decisões já tomadas, achando que era isso mesmo!
Nos dois ele está buscando, não sabe o que quer aos 20, e também continua sem saber aos 30. Questões tão reais e comuns de quem está tentando escrever sua história.

Olho de gato de Margaret Atwood


" ...Elas me surpreendem, sempre me surpreenderam. Quando eram pequenas, eu achava que tinha de protegê-las de certas coisas a respeito de mim mesma, o medo, as partes mais confusas do casamento, os dias vazios. Não queria passar para elas nada de meu que pudesse prejudicá-las. Nestas horas, eu me deitava no chão, no escuro, com as cortinas e a porta fechadas. Eu dizia, Mamãe está com dor de cabeça. Mamãe está trabalhando. Mas elas não pareciam precisar desta proteção, elas pareciam perceber tudo, encarar tudo de frente, aceitar tudo..."

"...Começo a passar períodos fora do meu corpo sem cair. Nestas ocasiões, eu me sinto fora de foco, como se houvesse duas de mim, uma sobreposta a outra, mas de forma imperfeita...Posso ver o que está acontecendo, posso ouvir o que estão dizendo, mas não tenho de prestar atenção. Meus olhos estão abertos, mas não estou lá. estou observando de fora."

"...Ó Deus permita que ele se abaixe!Um dia achei que seria capaz de matá-lo. Hoje só sinto uma leve tristeza por não termos sido um pouco mais civilizados um com o outro na época. Ainda assim, era incrível, todas aquelas explosões, toda aquela agressividade, toda aquela destruição em tecnicolor. Incrível e doloroso e quase mortal."

" Ela deve ter sua própria versão. Não sou o centro da hitória dela, porque o centro é ela. Mas eu poderia dar a ela algo que nunca se pode ter, exceto vindo de outra pessoa: como você é vista de fora. Um reflexo. Esta é a parte dela que eu poderia devolver para ela."



Trechos do livro...

segunda-feira

SHORTBUS





Ou ame ou odeie. nada conservador, desmistifica o sexo, vai além disso. pérolas de realidade e lucidez nos diálogos misturadas com Sodoma e Gomorra dos tempos atuais. O filme choca, mesmo os mais transgressores, desde logo vc já percebe que o sexo não é mais tabu há muito tempo, é um pano de fundo pra ouvir coisas de personagens no limite da trsiteza ou transbordando sensibilidade: "Andei lendo o que escrevi aos 12 anos, e hoje ainda espero pelas mesmas coisas", "É como nos anos 60, só que com menos esperança", assistir que uma mulher aos 30 nunca teve um orgasmo, um homossesual que não se entrega totalmente, uma dominatrix que quer ser cuidada, "dominada".
Gostei do que vi, é um filme que não passa impune. Mesmo pra quem vai odiar. Ou principalmente para eles.


Ganhou o Prêmio dos Produtores no Independent Spirit Awards;
Ganhou os prêmios de Melhor Roteiro e Melhor Direção de Arte, no Festival de Gijón;
Exibido na mostra Midnight Movies, no Festival do Rio 2007.

Lemon tree




é ótimo pra perceber a empáfia do Estado de Israel em relação ao povo árabe. Inclusive ponto de vista também de uma judia, personagem da esposa do ministro da defesa no filme. Que na minha opinião é um em cima do muro!

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