quinta-feira

Homenagem ao cinema no Oscar 2012




O ano de 2011 parece fértil para o cinema norte-americano. Depois de filmes medianos, sem muita expressão, vai viver a festa do Oscar 2012 com há muito não se via. O artista e Hugo, são dois concorrentes de deixar qualquer jurado numa sinuca de bico.
O artista é o clássico cinema mudo em preto e branco dos anos 20. É um filme de produção franco-americana, que presta grande homenagem a Hollywood, berço do cinema americano. O longa conta a história de George Valentin (Jean Dujardin), um astro do gênero enfrentando uma crise após a chegada do cinema falado. Orgulhoso, vê sua carreira desmoronar, acaba obsoleto e deprimido. Apaixonada pelo ator, a estrela do momento Peppy Miller ( Bérénice Bejo), tenta resgatá-lo do anonimato e trazê-lo de volta para o cinema.
O filme é pura nostalgia, apaixonante, o roteiro nos envolve completamente de tão bem amarrado. E Jean Dujardin, que concorre a melhor ator pelo filme, faz o papel divinamente, com ar sedutor, típico dos grandes galãs do cinema.
Em Hugo, apesar de não sairmos da sala tão arrebatados emocionalmente como em O artista, Scorsese faz uma apaixonada homenagem à História do cinema, trazendo George Meliés, figura fundamental na sua criação, como personagem do filme. Reproduz na telona imagens das primeiras películas dos irmãos Lumière e nos faz pensar na importância de preservar os grandes clássicos como documento histórico.
Os filmes de Michel Hazanavicius e Martin Scorsese foram os que receberam mais indicações ao prêmio do próximo dia 26, dez e onze respectivamente. Não por acaso são filmes que nos fazem refletir sobre o papel do cinema nos dias de hoje. Quem sabe não é uma inquietação que vem de uma vontade de fazer melhor, de uma indústria que sabe como ninguém fazer cinema, mas que precisava se reinventar?
O cinema estrangeiro, como europeu, iraniano, argentino, cinemas fora do contexto americano, crescem, com roteiros excepcionais ganham público e status. De alguma maneira vêm contribuindo para o cinema de modo geral, nivelando o público em outro nível, propondo o cinema como obra de arte e não apenas entretenimento barato. Espero que esse caminho não se perca, e essa onda criativa se renove pelo próximos anos.





2 comentários:

Cristiana disse...

Sabrina, o filme iraniano que ganhou como Melhor Filme Estrangeiro, no ano passado foi selecionado e participou do Amazonas Film Festival.

sabrina. disse...

A separação, filmaço nao e?

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