segunda-feira

Até a eternidade, 2012 de Guillaume Canet


                  Título Original: Les Petits Mouchoirs, lançado em 2010



Filme que fala de coisas tão simples e ao mesmo tempo complexas me arrebatou, sem querer. Sem querer encontrei Até a Eternidade. Hoje, depois de ter assistido duas vezes, me pergunto se algum dia vamos viver uma experiência tão emaranhada de amizade.
O que se vê no roteiro de Canet são laços profundos construídos por sentimentos de verdadeira amizade, ali as pessoas se conhecem muito e apesar disso se amam muito. Estão juntos apesar de tão diferentes uns dos outros, e é justamente essa diferença que faz o filme ser maravilhoso. Definitivamente são as diferenças que podem fazer uma amizade durar muitos anos, só assim conseguimos nos tornar melhores do que somos. Só assim temos espelho, só assim podemos ver "coisas novas". Quando somos parecidos demais não tem novidade!

Porque ainda hoje, depois de ter passado augures pela adolescência, ainda precisamos de amigos iguais a nós?
É mais fácil amar quem parece igual? Será que esse amor tem a mesma qualidade do amor quando convivemos e amamos as diferenças dos nossos amigos?

No filme, um grupo costuma fazer uma viagem de férias todos os anos. Eles vão para a casa de praia de um deles, e convivem por um longo período. Na véspera de uma dessas viagens, um deles, voltando de uma noitada, sofre um grave acidente e não pode ir. Enquanto o visitam no hospital, todos decidem se devem ou não continuar com os planos. Isso se passa nos primeiros dez minutos, o filme acontece durante as férias na praia. Sim eles decidem ir.

O longa é lindo, engraçado, leve e denso se é que posso usar adjetivos tão opostos. Marion Cotillard (Piaf), faz um lindo papel no filme francês, François Cluzet (Intocáveis) está simplesmente incrível num personagem hilário de tão metódico e obsecado. Jean Dujardin do mágico 'O artista' também está no elenco. O grande ponto do filme são as construções dos personagens, completamente verossímeis e fatalmente nos identificamos com algum deles, tamanha a empatia que sentimos pelos diferentes tipos.

O final é emocionante, de fazer nos sentirmos gratos pelo presente. Gratos por ter alguma alma nesse mundo que seja capaz de traduzir idéias num roteiro incrível e conseguir filmá-lo!





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