quarta-feira

Minhas tardes com Margueritte (La tête en friche, 2010)

Gerard Depardieu é um dos meus atores preferidos há muitos anos. É um artista tão versátil, que capta visivelmente a alma dos seus personagens antes de encarná-los. Recentemente li alguma coisa sobre a segurança com que ele chega no set e a cumplicidade que tem com os colegas que contracena. Só alguém com tremendo conhecimento de si mesmo e da profissão consegue tanta humildade para transformar dessa maneira.
É um filme sensível. Que fala de amizade. De uma amizade improvável, mas que consegue existir na dor das histórias de vida difíceis e no sentimento dos personagens. É um encontro das diferenças!
Além da amizade o filme me traz a percepção de que Germain (Depardieu) não teve a mãe que precisava ter, e por isso sofre com toda a rejeição dessa mulher frustrada e aparentemente maluca, mas acaba descobrindo que de algum jeito ela o amava.
É um filme que mostra os detalhes, até a câmera as vezes está nos detalhes, com enquadramentos inusitados com ações acontecendo em dois planos.
A tragetória do personagem é linda, ele desabrocha e se descobre depois que conhece a linda Margueritte, com dois tês. É um filme para guardar no coração.

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