terça-feira

A Minha Versão do Amor, 2010 (Barney's Version, de Richard J. Lewis)



A Minha Versão do Amor é mais um filme necessário na vida de todos nós. Se precisasse escolher, digo que mais necessário que todos os últimos vencedores de prêmios, que admiro demais, claro.
Explico.
Nesse longa, tão sensível, é possível relembrar como a vida é fugaz, como precisamos viver com todas as nossas forças cada dia, cada história que tivermos a chance de viver, esfrega na cara como a passagem do tempo é inexorável e a morte, injusta.
Quando assisto a um filme assim meu coração bate mais rápido, meus olhos se enchem de lágrimas em vários momentos, um sentimento de urgência aparece e, meio sem saber o que fazer fico paralisada, em silêncio por alguns momentos, esperando organizar todas as idéias para que possa enfim, comentar com quem estiver ao meu lado. Penso que se continuar vendo coisas belas assim por muitos anos, um dia meu coração vai fraquejar. E sempre, sempre lembro de agradecer, por ter a chance de continuar vendo cada uma delas.
Falando em roteiro, adaptado do livro homônimo (em Inglês) de Mordechai Richler, Barney Panofsky é um personagem ímpar. Politicamente incorreto para alguns, é um homem que sempre procurou viver seus momentos com toda a intensidade possível, mesmo que isso acabasse custando caro. Ele escolheu viver.
Se acreditava no talento de um amigo, bancava todo e qualquer projeto que esse por ventura criasse, quando se apaixonou por outra mulher no dia do seu próprio casamento, não se atreveu a continuar casado. Precisando estar inteiro em tudo, otimista ao extremo, ele precisava fazer suas escolhas, parafraseando Lavoura Arcaica, queria ser autor da sua própria história.
Por mais que tivesse uma vida boêmia durante os anos na Itália, soube construir uma vida decente tanto profissional quanto pessoal. Constrói uma família bonita e feliz. Ele se torna um bem sucedido produtor de televisão canadense e depois de dois casamentos curtíssimos, finalmente encontra o amor. E se algum homem amou uma mulher na vida, foi ele!
O humor irônico do personagem nos faz leve, e o fato de Paul Giamatti encarnar o papel faz tudo mais verossímil, já que colocar um galã gatíssimo tiraria o mérito de alguém como ele conquistar tanto. Sua atuação é excepcional, capaz de tamanha entrega o ator cria momentos mágicos, e quando contracena com Dustin Hoffman, quem faz seu pai no longa, queremos que o filme dure para sempre.
Como sempre procuro tirar o que há de bom em tudo o que leio ou vejo ou vivo, depois que a emoção passa, fica a lição. Ver a vida com olhos otimistas faz grandes milagres pelo espírito. Arrisco a dizer que pessoas otimistas tendem a ser mais sedutoras. Claro, alguém que acredita sempre que tudo pode dar certo, apesar de que, tudo também tem grandes chances de dar errado, alguém que ousa, vivem suas emoções sem medo, vira a página para as frustrações...esse alguém só pode conquistar tudo e a todos, porque sabe que pode ter o mundo aos seus pés, se quiser. E se por um acaso não tiver, é porque não ia lhe fazer tão bem assim.

2 comentários:

Marcelo Gomes disse...

Nossa!! O filme é realmente ótimo, emocionante. Paul Giamatti dá um show nesse papel, adoro esse ator. Um filme para guardar na memória.

Gio disse...

Fiquei curiosa....deve ser delicioso! Hummmm!

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